De São Paulo
A Jinko Solar anunciou que irá fornecer 60,9 megawatts (MW) em módulos bifaciais para a primeira planta industrial hibrida do Chile. O projeto ficará localizado a cerca de 10 quilômetros da cidade de Calama e também contará com uma usina eólica de 90 MW. É esperado que a construção seja concluída no início de 2021 e o empreendimento irá utilizar cerca de 154 mil painéis fotovoltaicos para produzir 184 GWh de eletricidade por ano.
“Esse é o primeiro projeto na América Latina a ser equipado com nossos módulos bifaciais contendo backsheets transparentes”, afirmou o diretor geral da América Latina da Jinko, Alberto Cuter. “O Chile é o maior mercado para grandes projetos de geração centralizada e nós seguimos promovendo nossos equipamentos de alta qualidade para auxiliar o desenvolvimento das fontes renováveis no país e no continente.”
“A planta fotovoltaica equipada com nossos painéis bifaciais já gerou o menor custo nivelado de energia e é capaz de competir com fontes tradicionais. Esperamos vender mais desses produtos nos próximos meses na região”, completou o executivo.
O Chile tem um território favorável para a instalação de projetos de energia solar fotovoltaica, com uma alta incidência solar e o deserto do Atacama ostentando quase 365 dias por ano de céu aberto e baixa umidade. O país tem tem atraído forte interesse de investidores do setor.
Em busca de metas de diversificação e descarbonização da matriz, o país começou a diminuir a participação de hidrelétricas e térmicas no início da década. Em 2008, o governo implementou uma política para que companhias de energia tivessem pelo menos 5% de sua geração provenientes de fontes renováveis não convencionais até 2010.
A medida foi bem-sucedida, com 7% do total da eletricidade do país sendo gerada por renováveis em 2012. A nova meta de geração limpa representando 20% da matriz do país até 2025 já foi alcançada. De acordo com a Associação Chilena de Energias Renováveis e Armazenamento (ACERA), a representatividade dessas fontes chega a 45% em algumas épocas do ano, impulsionada pelo crescimento do setor solar. O atual objetivo do país é limpar a matriz em 100% até 2050.